( Resenha ) A Livraria dos Finais Felizes de Katarina Bivald @Suma_BR - Clã dos Livros

( Resenha ) A Livraria dos Finais Felizes de Katarina Bivald @Suma_BR

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Resenha



A Livraria dos Finais Felizes talvez tenha sido a leitura mais prazerosa que tive nos últimos dias. Não é um livro que tenha um enredo surpreendente; sendo bem franca, também não traz lá muita originalidade. É uma história carregada de clichês, pacata como uma cidade pequena, porém é um livro que fala sobre livros e sobre o poder da leitura.

Sara é uma mulher que não tem realizações na vida, nem espera muito das pessoas. Seu maior interesse, assim como o nosso, são os livros. Ela ama ler de tal maneira que somente sendo leitor para compreender toda essa paixão.
Não é irônico que meus livros estejam viajando para lugares onde nunca fui? Sinceramente não sei se isso me consola ou me preocupa.
Nunca havia saído da Suécia, sendo os livros seu único meio de transporte. Fazia anos que trocava cartas e livros com uma senhora da cidade de Broken Wheel, Amy. Assim como Sara, Amy amava ler e foi através dos livros que uma grande amizade a distância surgiu. Anos trocando cartas até que Amy convida Sara para visitá-la.

As cartas de Amy falavam sobre Broken Wheel bem como seus moradores. A senhora parecia amar o lugar; Sara logo imaginou um local feliz e bonito. A vontade de conhecer o lugar somado ao desejo de finalmente encontrar pessoalmente sua grande amiga (talvez a única), fez com que ela aceitasse o convite.

Porém, imaginem a surpresa de Sara ao chegar ao local e saber que Amy havia morrido. Para completar, a cidade parecia completamente triste e abandonada, de nada parecia com o lugar que Amy descrevia nas cartas. E os moradores... bem, eram como o local: depressivos e pareciam soar até infelizes.
Ela analisou a situação: desde que tivesse livros e dinheiro, nada poderia ser uma catástrofe.
Amy era muito amada na cidade, e por isso seus conterrâneos agarraram a missão de serem os anfitriões de Sara. E junto com a moça, vamos conhecendo a fundo cada morador, tornando-se impossível não se encantar por cada um deles.
Sempre achei que era errado julgar livros ou pessoas pela capa.
Os dias se passavam e Sara não tinha muito o que fazer na cidade, a não ser ler. Ninguém a deixava pagar por nada, tinha passe livre em todos os poucos comércios existentes em Broken Wheel, mas não achava certo. Queria de alguma forma retribuir o que faziam por ela. E foi quando encontrou a estante recheada de livros de Amy, que teve uma grande ideia: abrir uma livraria na cidade.

Que ideia mais louca! Só um leitor mesmo para querer mudar uma cidadela com livros. Broken Wheel estava praticamente falida, não havia giro local, a população era, em sua maioria, composta por idosos. Não havia muitas crianças, nem escola tinha por lá. Mas ela acreditava que os livros poderiam trazer alguma contribuição àquelas pessoas.


Todos a ajudaram a montar o negócio, e agora Sara teria outra missão: a de convencer as pessoas de Broken Wheel a ler. E os moradores por sua vez, se perguntavam em como manteriam Sara na pequena cidade... Talvez um amor? 

Mais difícil que apontar o que não te agradou em um livro é dizer o que fez você amá-lo. 

Foi muito fácil me conectar com Sara, afinal todo leitor se conecta entre si. A personagem é o tipo de leitora que lê única e exclusivamente por prazer, assim como eu. Compreendi o que a fez partir para conhecer Amy pessoalmente, sem medo nem inseguranças, mesmo sem nunca ter saído de sua cidade. Acredito que todo leitor passa confiança de que é uma boa pessoa. E caso você não compreenda isso, as cartas de Amy para Sara estão disponíveis no livro; se tornando nítido o vínculo entre elas. Ao mesmo tempo em que conhecemos os moradores de Broken Wheel aos olhos de Sara, sabemos mais a respeito do passado de cada um deles pelas confidências de Amy.
Broken Wheel estava começando a parecer uma cidade ensolarada, simpática e quase normal. Até o asfalto parecia mais acolhedor e amistoso com pessoas passeando com livros na mão.
Mesmo com a ausência de Amy, ainda é possível sentir o quanto essa personagem era amável e querida. Algumas cartas eram realmente emocionantes, e mesmo sem nenhuma aparição, fiquei pesarosa por sua partida.
Era como tentar mudar o final infeliz de um livro. Por mais que uma pessoa tente se convencer de que as coisas terminariam de forma diferente se ela pudesse se livrar do autor sádico e idiota, tudo ainda continuava na memória.
Cada personagem é muito comum. Não temos grandes construções, talvez por isso tenha sido tão fácil torna-los reais em minha mente. Minha impressão é que realmente eles existem sendo essa história baseada em fatos reais. Acho que nunca me senti tão próxima de tantos personagens assim. Não é como se houvesse um favorito. Amei todos, do mesmo modo. 

Eu poderia ficar horas falando sobre cada um deles. É realmente um livro delicioso de ser lido, e quando terminei de ler, queria realmente abraçá-lo.



Como dizem por ai... Livro é tão bom que deveria ser elogio!

Então... A livraria dos finais felizes é o livro mais livro que já li. Recomendo a todos os leitores que amam ler por prazer.



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